Via de La Plata

Caminho de Santiago de Compostela pela Via de la Plata

Autor: Inácio Stoffel

“Uma senda se esculpe passo a passo e, às vezes, com o tempo e a constância, se faz caminho. Assim nasceu no ocidente peninsular um caminho que, conhecido hoje com o nome de Via de la Plata, foi o resultado de um trânsito contínuo ao longo dos milênios”. Assim o “Guia del Camino Mozárabe de Santiago – Via de la Plata” inicia a história deste afluente do Caminho-rio que nos conduz a Santiago de Compostela.

É, sem dúvida, uma opção que encanta aos peregrinos que percorrem a Espanha de sul a norte, seja saindo de Granada, de Córdoba ou de Sevilha. Esta região – o sul – guarda tesouros culturais e históricos, gerados pela convivência de mais de sete séculos entre cristãos, árabes e judeus. Por si sós, estes tesouros são suficientes para atrair turistas de todo o mundo. Porém, também há a presença romana ao longo da Via de la Plata, cujo traçado às vezes se confunde com milenárias calçadas romanas. Esta presença é especialmente marcante em Mérida, onde ainda podem ser admirados os aquedutos, teatros e anfiteatros, banhos públicos e templos de elaborada arquitetura e funcionalidade, tão características do Império Romano.

Assim como se pode iniciar essa rota de várias cidades, também é possível terminá-la de várias formas. Uma delas – proposta pelo Guia editado por El País – inicia em Mérida e conduz o peregrino a Astorga, onde ele continua pelo Caminho Francês até Santiago de Compostela. Ignorando as etapas anteriores e posteriores, esta opção, elimina os trechos de maior dificuldade, sinalização deficiente e infra-estrutura precária.

Peregrinos

Há ainda a opção do Caminho do Levante, que inicia em Valência, ao leste, e que – passando por Toledo e Ávila, cidades de grande valor histórico – incorpora-se à Via de la Plata em Zamora.

Nota: Por ser uma rota menos freqüentada, com deficiência de sinalização e de albergues, alguns trajetos excessivamente longos e muitas vezes sem serviços essenciais ao peregrino, é imprescindível ter-se em mãos um guia confiável e informações atualizadas. Por isso, é importante uma visita à Associação dos Amigos do Caminho de Santiago de Sevilha (Calle San Jacinto, 25 – ptl 6 – local 4, 41010 – Sevilla – Espanha – 696-600-602 – e- mail: viaplata@terra.es e sevilla@viaplata.org, para adquirir o “Guia del Camino Mozárabe de Santiago – Via de la Plata”, no qual são baseadas as etapas que são apresentadas a seguir.

Ponto de partida: Sevilla. Assim como Granada e Córdoba, Sevilha tem forte influência moura, seja na arquitetura, na música e dança, como nos belos cavalos andaluzes. É uma cidade agradável e acolhedora. Sua catedral é uma das maiores da cristandade e foi construída sobre uma mesquita, da qual se conserva a torre – a Giralda –, de arquitetura mourisca assim como o Real Alcázar, palácio árabe que se conserva original, ao lado do palácio cristão. Não há albergue em Sevilha.

Nota: Em todos os lugares onde não há albergue, o pernoite se faz em hotel ou pousada (hostal). As cidades maiores contam com Serviços de Informações que indicam pousadas de preços razoáveis e distribuem folhetos contendo informações turísticas, culturais e históricas e o mapa da cidade.

Catedral de Sevilha

1ª Etapa: Sevilla a Guillena (22,2 Km). Há sinalização do Caminho apenas nos locais mais críticos. Passa-se por Camas e Santiponce, onde há um sítio arqueológico de ruínas romanas. Caminhada fácil em terreno plano. Nos últimos 12 Km não se vê vila alguma. Não há albergue em Guillena.

2º Etapa: Guillena a Castilblanco de los Arroyos (19 Km). Maior parte do caminho é feito entre plantações de oliveiras e campos de gado. Caminhada fácil, em subida. Não há vilas no trajeto, porém em Castilblanco de los Arroyos há um bom albergue.

3ª Etapa: Castilblanco de los Arroyos a Almadén de la Plata  (29,5 Km). Mais da metade da caminhada se faz pelo acostamento de rodovia. Ao chegar ao parque florestal (a 16 Km de Castilblanco), pode-se seguir por dentro dele. Muito sobe e desce, entre as subidas, está o Cerro del Calvário (que faz jus ao nome), contudo a vista é linda. Não há vilas no trajeto e é preciso munir-se de água e de comida suficientes. Almadén de la Plata tem albergue.

4ª Etapa: Almadén de la Plata a El Real de la Jara (16,6 Km). A trilha original está fechada desde 2004 e deve-se seguir por uma rodovia pouco utilizada. Muito sobe e desce, mas sem dificuldades. Não há vilas no trajeto. Há albergue em El Real de la Jara.

5ª Etapa: El Real de la Jará a Monestério (20,7 Km). Segue-se por uma estrada rural arborizada muito bonita, mas não se espere encontrar vilas no trajeto. A caminhada é pesada, sempre subindo até chegar a Monestério, onde não há albergue.

Nota: Pode-se cobrir o trajeto Almadén de la Plata a Monestério em um só dia, andando um total 37,3 km.

47 Pieta
Pietá

6ª Etapa: Monestério a Fuente de Cantos (21,9 Km). Todo o caminho é feito por estradas rurais, metade entre árvores, metade entre campos de trigo. Novamente não há vilas no trajeto. A caminhada é fácil, de descida. O albergue é no Antigo Convento.

7ª Etapa: Fuente de Cantos a Zafra (26,1 Km). Passa-se por estradas rurais, entre trigais e videiras, numa caminhada fácil. Há duas vilas no trajeto: Calzadilla de los Barros e Puebla de Sancho Pérez, ambas com albergues, assim com Zafra.

8ª Etapa: Zafra a Villafranca de los Barros (20,7 Km). A caminhada é fácil e se faz por estradas rurais e em meio a um reflorestamento de pinus. No trajeto encontra-se Los Santos de Maimona. Há albergue em Villafranca de los Barros.

Nota: É possível seguir até Los Santos de Maimona (31,6 Km), onde há um albergue na floresta e no dia seguinte caminhar até Torremegia, num total de 43,3 km.

9ª Etapa: Villafranca de los Barros a Torremegia (27,6 Km). Caminho fácil, por caminhos rurais de olivares e videiras. Não há vilas no trajeto. Os últimos 15 km são de reta monótona. Há albergue em Torremegia.

10ª Etapa: Torremegia a Mérida (16,1 Km). É fácil o trajeto por estradas rurais, porém não se encontra vila alguma. Mérida é considerada patrimônio da humanidade, foi fundada pelo imperador Augusto e ainda conserva teatros, templos, banhos públicos, pontes e aquedutos construídos pelos romanos. Há albergue e refúgio de peregrinos.

11 Merida
Mérida

11ª Etapa: Mérida a Alcuéscar (38,4 Km). O caminho é ascendente, mas não difícil. No trajeto encontra-se El Carrascalejo e Aljucén, até onde se anda sobre asfalto sem acostamento. A partir de lá tem-se a opção de passar pelo “Parque Natural de Cornalvon”.  Há um excelente albergue na Casa de Misericórdia, em Alcuéscar.

Nota: Há a opção de seguir de Torremegia até Aljucén (total 31,2 km) para, no dia seguinte, caminhar até Alcuéscar, diminuindo o trajeto para 21,3 Km).

12ª Etapa: Alcuéscar a Cáceres (39,4 Km). A saída de Alcuéscar é mal sinalizada. Nesse trecho, vai-se por uma estrada rural traçada ao lado de antiga calçada romana e se passa por Casas de Don Antonio, Aldea del Cano e Valdesalor, estas últimas vilas oferecem refúgio aos peregrinos. Trecho longo, porém pouco acidentado. Cáceres é considerada Patrimônio da Humanidade por seu passado romano e por seus palácios, igrejas e sua catedral gótica construídos nos séculos XV e XVII.

Nota: De Alcuésacar pode-se ir a Valdesalor (27,5 km), cujo albergue é o “Salón de Actos del Ayuntamiento” (dorme-se sobre tatames) e, no dia seguinte ir a Casar de Cáceres (total 23,2 km), para reduzir em 11,3 Km a caminhada até Cañaveral. Desta forma, de dois trajetos se faz três.

13ª Etapa: Cáceres a Cañaveral (45 Km). Caminha-se no topo das montanhas, sempre vendo o horizonte em todos os lados, sem encontrar uma só vila. Para contornar a represa de Alcântara vai-se por asfalto por 5 km. O restante do caminho se faz por estradas rurais em ziguezague. Há refúgio e dorme-se sobre tatames.

Marco do Caminho

14ª Etapa: Cañaveral a Galisteo (28,5 Km). Logo de início há uma subida íngreme. Depois, é só descida. Passa-se por trilhas em florestas e, numa brusca mudança, por campos sem sombra alguma. Por três ou quatro horas, para onde quer que se olhe, não se vê uma só árvore ou sombra. Há albergue municipal em Galisteo.

Nota: A única vila intermediária é Grimaldo, que, como tantas outras ao longo da rota, não oferece serviços (bar, armazém, telefone, farmácia, etc.) ou, tendo-os, não estão disponíveis nos horários em que os peregrinos ali passam.

15ª Etapa: Galisteo a Aldeanueva del Camino (49 Km). Do início ao fim do trajeto, o caminho é ascendente e, ás vezes, íngreme. Nos primeiros onze quilômetros há três vilas: Aldejuela del Jerte, Carcaboso (com refúgio) e Valdeobispo. No restante do trajeto não há vilas nem qualquer espécie de serviços, que só são encontrados em Aldeanueva del Camino, inclusive albergue.

Nota: Há peregrinos que vão de Cañaveral a Carcaboso (39,5 Km) para reduzir em onze quilômetros a caminhada até Aldeanueva del Camino.

16ª Etapa: Aldeanueva del Camino a Fueterroble de Salvatierra (42,6). Trecho difícil, com subidas íngremes que levam os peregrinos entre as vilas de Baños de Montemayor, Puerto Bejár, Calzada de Bejár, Valverde de Valdecasa e Valdecasa – todas com serviços essenciais e albergue – até chegarem ao albergue Fuenterroble de Salvatierra.

Fuenteroble de Salvatierra

17ª Etapa: Fueterroble de Salvatierra a San Pedro de Rozados (29,6 km). Inicia-se a caminhada subindo-se por 16 Km por estradas rurais, entre árvores, e por trilhas no alto de montanhas. A partir do Pico de La Dueña inicia-se a descida sobre uma antiga rodovia (5 Km) e estradas rurais paralelas ao asfalto, sem encontrar vila alguma. Há um bom albergue particular em San Pedro Rozado.

18ª Etapa: San Pedro de Rozados a Salamanca (24,8 km). Caminhada fácil, sempre descendo. Passa-se pelas vilas de Morille e Miranda de Azán, sem serviços, caminhando por uma estrada rural ondulada, entre árvores. Salamanca já é vista onze quilômetros antes, quando a paisagem torna-se deserta. O albergue é novo, espaçoso e confortável. Salamanca é uma cidade turística de grande valor histórico (patrimônio da humanidade), cultural (universidades) e econômico; sua parte moderna é acolhedora e simpática.

Salamanca

19ª Etapa: Salamanca a El Cubo de la Tierra del Vino (35,4 Km). Se o peregrino não enfrenta dificuldades devido à topografia ondulante do trecho, terá alguma ao passar por estradas rurais em meio a campos sem sombra onde possa descansar e com sinalização deficiente e obras que obrigam a andar pelo asfalto. Das três vilas do trajeto: Aldeaseca de Armuña, Castellanos de Villiquera e Calzada de Valduciel, apenas esta última tem albergue, assim como também El Cubo de la Tierra del Vino.

20ª Etapa: El Cubo de la Tierra del Vino a Zamora (33 Km). Continua-se descendo neste trecho, por estradas rurais em meio a campos desertos. Apenas após Villanueva de Campeán, única vila próxima do Caminho, encontram-se bosques que diminuem o calor e convidam ao descanso. Pode-se pernoitar no Albergue Juvenil (quartos para duas pessoas, com banheiro e café da manhã).

Nota: Ao sair de Salamanca, há quem prefera terminar a caminhada em Calzada de Valduciel (15,5 km), onde a municipalidade mantém um albergue e de lá seguir até Villaneuva de Campeán (33,2 km), que também conta com um excelente albergue.

Zamora

21ª Etapa: Zamora a Granja de Moreruela (40,6 Km). No trajeto, fácil e quase plano, passa-se pelas vilas de Roales del Pan , Montamarta, Foantanillas de Castro e Riego del Camino, todas com refúgio, nos quais dorme-se sobre tatames, inclusive em Granja de Moreruela.

22ª Etapa: Granja de Moreruela a Tábara (26 Km). Granja de Moreruela é um divisor de águas: pode-se daí continuar para o norte até Astorga e incorporar-se ao Caminho Francês ou, seguindo a noroeste, chegar a Tábara, onde há um albergue municipal a disposição dos peregrinos. A caminhada é fácil, com um pequeno desvio pode-se visitar as ruínas do Monastério de Moreruela. No trajeto há apenas a vila de Fontamontanos de Tábara, de poucos serviços e sem albergue.

Nota: Zamora, Granja de Moreruela e Tábara formam um triângulo. É possível ganhar um dia seguindo-se diretamente de Zamora para Tábara (45 Km). Para realizar esta opção, inicia-se a caminhada pelo mesmo Caminho que leva a Granja de Moreruela – paralelo à rodovia N-630 – e segue-se até o entroncamento com a N-631, que é a rodovia que conduz a Tábara (fica à esquerda, a uns cinco quilômetros após Montamarta). Caminha-se pelo acostamento da N-631 por mais 21 Km.

23ª Etapa: Tábara a Santa Marta de Tera (23 Km). Topografia ondulada, mas sem oferecer dificuldades. Caminha-se sempre por estradas rurais, passando por Bercianos de Valverde e Santa Croya de Tera. Em Santa Marta de Tera não há restaurante, nem padaria ou farmácia, mas tem um albergue municipal.

Nota: Santa Croya de Tera, um quilômetro antes, tem mercado e outros serviços, além de um albergue particular excelente.

24ª Etapa: Santa Marta de Tera a Mombuey (36 Km). Os primeiros 22 km são feitos por estradas rurais, os demais 14 km, por asfalto. Além das dificuldades da distância a ser percorrida e sempre subindo, as vilas de Calzadilla de Tera, Olleros de Tera, Villar de Farfón tem poucos serviços e, quando os têm, os horários de atendimento são incompatíveis com os peregrinos. Só a vila de Rionegro del Puente tem albergue, bar e mercado. O albergue de Monbuey é pequeno e precário.

Mombuey

25ª Etapa: Mombuey a Puebla de Sanabria (33 Km). O subir e descer entre as vilas de Valdemerilla, Cernadilla, San Salvador de Palazuelo, Entrepeñas, Asturianos, Remesal, Otero de Sanabria e Triufé (todas sem serviços), temperam a caminhada por estradas rurais. Apenas os últimos 5 km são feitos por asfalto. O albergue do Convento Amor de Diós é amplo e confortável. Vale uma visita ao castelo e perambular pela simpática cidade.

26ª Etapa: Puebla de Sanabria a Padornelo (23,6 Km). Este trajeto tem uma topografia acidentada, com subidas íngremes e prolongadas. Maior parte do caminho é feito por estradas rurais e trilhas, seguindo o curso de arroios murmurantes, pontilhados de pequenas quedas d’água, em meio a matas ciliares antigas, densas e exuberantes, arbustos floridos e canto de pássaros. Como se vê, a Galícia está próxima. Não há albergue em Padornelo.

Nota: Pode-se seguir até Lubián (+7,6 km – total: 31,3 km), onde há um albergue bom, embora pequeno.

27ª Etapa: Padornelo a La Gudiña (31,1 Km). Neste trajeto de subidas e descidas íngremes entre montanhas, caminhando sobre pedras instáveis de pequenos córregos borbulhantes, o peregrino finalmente chega à Galícia. La Gudiña tem um albergue, novo, grande e confortável.

28ª Etapa: La Gudiña a Laza (34,4 Km). Por vários quilômetros, caminha-se sobre asfalto velho de uma estrada quase abandonada, numa seqüência de sobe-e-desce no topo das montanhas, passando pelas vilas de Campobeceros, Porto Camba e As Eiras, todas sem serviços. Os últimos onze quilômetros são de descida por uma estrada rural que coleia as curvas do maciço de montanhas tal qual uma serpente que deslizasse rumo a Laza, cujo albergue é muito bom.

29ª Etapa: Laza a Vilar de Barrio (20,1 km). O Caminho já começa subindo, porém, a partir de Temicelas, torna-se extremamente íngreme logo (em cinco km sobe-se 400 mts). Os últimos seis quilômetros são de descida. 75% do caminho sobre asfalto ou estradas corta-fogo. Soutelo Verde, Temicelas, Albergueria e El Barrio são as vilas que se encontram neste trajeto. Em Albergueria está o interessante e bem-vindo “Refúgio do Peregrino”, cujo teto é todo forrado de conchas, com os nomes e datas de peregrinos que ali pararam para um ‘bocadillo’. Em Vilar de Barrio há um albergue municipal.

Nota: Alongando a caminhada, pode-se ir até Xunqueira de Ambía (+13,7 km – total: 33,8 km), onde há um bom albergue e no dia seguinte seguir até Ourense ( 21,6 Km).

30ª Etapa – Vilar de Barrio a Ourense (35,3 Km). A caminhada se faz quase toda por asfalto, descendo as montanhas, sem que se tenha diante dos olhos as encantadoras paisagens típicas da Galícia. Ao longo do dia passa-se por 19 vilas, algumas tão pequenas que mal se as vê; as maiores, onde há algum serviço disponível, são: Bobadela, Cima de Vila e Xunquiera de Ambía. Orense é uma cidade de certo porte, agradável, simpática e merece ser visitada. O albergue é muito bom.

Ourense

31ª Etapa: Ourense a Cea (21,6 Km). O caminho menos montanhoso e difícil para se chegar a Cea se faz saindo de Ourense em direção a Quintela (à esquerda). A outra opção (à direita), que passa por Tamallancos é menos utilizada. Saindo por Quintela, o peregrino passa por Cachasúas, Cima da Costa, Liñares, Reguengo, Mandrás, Pulledo e Casasnovas, onde ocorre o encontro das duas alternativas. De qualquer forma, a subida que inicia em Cachasúas e leva por asfalto até Cima da Costa é muito íngreme. O restante do trajeto, embora sempre subindo, é mais fácil e é feito por estradas rurais e trilhas no topo das montanhas, com vistas panorâmicas belíssimas. Albergue de Cea é muito bom.

32ª Etapa: Cea a Estación de Lalín (33,5 Km). Grande parte do trajeto se faz por asfalto, um pouco dele por estradas rurais, num constante subir e descer. Entre as muitas vilas, merecem destaque Grouxa, Castro Dozón e Puentenoufe. O Monsterio de Oseira, a seis quilômetros de Cea merece ser visitado. Estación de Lalín não tem albergue.

Nota: Ao sair de Cea, é melhor seguir em direção a Piñor, à esquerda, por onde também se chega a Castro Dozón, poupando seis quilômetros de caminhada. Aproveitando a vantagem, pode-se seguir até Laxe Bendoiro (+6 km – total: 33,5 km), onde há um albergue novo e muito bom.

Puente Ulla

33ª Etapa: Estación de Lalín a Puente Ulla (35,4 Km). Parte do Caminho faz-se por asfalto, outra parte por estradas rurais e trilhas com muitas curvas. Novamente há um sobe-e-desce e os últimos cinco quilômetros antes de Puente Ulla são de descida acentuada. Também neste trajeto há muitas pequenas vilas e as cidades de Silleda e Bandeira. Em Puente Ulla não há albergue.

34ª Etapa: Puente Ulla a Santiago de Compostela (20,3 Km). Enfim, o último dia, para o qual os peregrinos costumam estar altamente motivados. Este trajeto também se faz subindo e descendo ao longo de mais de uma dezena de vilas, sem maiores dificuldades. Santiago de Compostela é vista do alto, já de longe, e logo os peregrinos vasculham o horizonte à procura das torres da catedral e, sem perdê-las de vista, baixam rumo à cidade, em silêncio e recolhidos ou, ao contrário, expansivos em sua comemoração pelo fim da jornada.

Catedral de Santiago de Compostela