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Encantada Galícia de outono vestida
Da erva-doce cheirosa
Da trilha mais sinuosa
Cortando bosques
Com riachos falantes
Sob medievais pontes
E toda essa paisagem
Lembra-me o quintal da minha infância
Onde a melhor fruta das árvores tirava
Das ores cheias de sol
O perfume buscava
Minha bússola é a seta amarela
Colorindo árvores, muros, o chão
Clarão no rumo certo
Dando sentido ao Desconhecido
Pés e cajado pisaram história e tradição
Descobrindo o mapa espanhol
De campos verdejantes
De castelos e igrejas
Com sinos toantes
O caminho é o grito de minha alma
Na voz gelada e triste
Do vento em Foncebadón
Nos gritos dos gansos em Manjarín
É alento na sopa de alho que purica
Meu corpo cansado, magoado
Meu movimento em direção ao sagrado
É aquele do viajante buscando
O Céu e o sol poente
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Olhar Peregrino