Página 143 - Olhar Peregrino paginadaOK4

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empre fui aberta a aventuras, apreciadora da natureza e
super romântica. Ainda hoje pego na mão do José e, apesar de
completarmos trinta anos de casados em breve, ainda nos
sentimos enamorados.
Comdois lhosmaravilhosos, já formados, independentes
e longe de casa, penso que nosso tempo poderia ser melhor
aproveitado com viagens a destinos exóticos, visitar amigos ou
parentes que moram em outros continentes, etc. No entanto,
nunca passou pela minha cabeça aceitar a famosa proposta de
caminhar de Portugal à Espanha, rumo a Santiago de Compostela,
ao lado domeu eterno amante.
Antes de falar sobre o 'Meu Caminho', devo mencionar
nosso velho amigo alemão Hanz-Werner Koch. Todos os anos, ele
nos visitava, após deslar na Escola de Samba Portela, no
Carnaval do Rio de Janeiro. Por alguns anos deslamos com ele,
principalmente na época em que moramos em São Paulo. Quando
nos mudamos para Santa Catarina, continuamos a receber Hans-
Werner depois dos carnavais. Certa vez, voltou com novidade,
falou sobre uma caminhada que havia feito até Santiago de
Compostela. E não era a primeira vez: a cada ano saía de um lugar
diferente para chegar ao mesmo lugar. Na verdade, quando eu
comentava com o José sobre este amigo fanático por carnaval e
devoto de caminhadas, nossa opinião era sempre unânime: “Esse
alemão émaluco!”.
Eu matava minha curiosidade de tentar entender um
pouco deste “prazer”, fazendo sempre asmesmas perguntas:
“Como foi o seuCaminho este ano, Hans-Werner?”
“Muuuuuito lindo!”
“Cansou?”
Meu Caminho
Mila Schreiber
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