empre fui aberta a aventuras, apreciadora da natureza e
super romântica. Ainda hoje pego na mão do José e, apesar de
completarmos trinta anos de casados em breve, ainda nos
sentimos enamorados.
Comdois lhosmaravilhosos, já formados, independentes
e longe de casa, penso que nosso tempo poderia ser melhor
aproveitado com viagens a destinos exóticos, visitar amigos ou
parentes que moram em outros continentes, etc. No entanto,
nunca passou pela minha cabeça aceitar a famosa proposta de
caminhar de Portugal à Espanha, rumo a Santiago de Compostela,
ao lado domeu eterno amante.
Antes de falar sobre o 'Meu Caminho', devo mencionar
nosso velho amigo alemão Hanz-Werner Koch. Todos os anos, ele
nos visitava, após deslar na Escola de Samba Portela, no
Carnaval do Rio de Janeiro. Por alguns anos deslamos com ele,
principalmente na época em que moramos em São Paulo. Quando
nos mudamos para Santa Catarina, continuamos a receber Hans-
Werner depois dos carnavais. Certa vez, voltou com novidade,
falou sobre uma caminhada que havia feito até Santiago de
Compostela. E não era a primeira vez: a cada ano saía de um lugar
diferente para chegar ao mesmo lugar. Na verdade, quando eu
comentava com o José sobre este amigo fanático por carnaval e
devoto de caminhadas, nossa opinião era sempre unânime: “Esse
alemão émaluco!”.
Eu matava minha curiosidade de tentar entender um
pouco deste “prazer”, fazendo sempre asmesmas perguntas:
“Como foi o seuCaminho este ano, Hans-Werner?”
“Muuuuuito lindo!”
“Cansou?”
Meu Caminho
Mila Schreiber
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