Página 149 - Olhar Peregrino paginadaOK4

Versão HTML básica

mser especial
Durante o período de preparação para o Caminho de
Santiago de Compostela, que não é fácil, unem-se a ela a
ansiedade, os medos interiores e as dúvidas. Confesso que meu
maior medo era que o Caminho se tornasse monótono e sem
atrativos o suciente e que isto me desencorajasse e me zesse
desistir. Procurei então focar-me diariamente nos objetivos que
me levavam a fazer o Caminho e preparar-me da melhor forma
possível.
Como passar dos dias algo começou ame perturbar: temia
desanimar e com isto me frustrar. Foi quando algo de muito
especial aconteceu. Uma noite sonhei que andava pela avenida em
que costumeiramente façominhas caminhadas e de longe via uma
cena, da qual quando acordei não conseguia lembrar, pormais que
tentasse.
Alguns dias depois, num dia muito bonito e de
temperatura agradável, eu estava caminhando pelo trajeto de
sempre, quando, já de longe, vi uma cena que fez meu coração
disparar e suei frio: a cena de meu sonho de dias atrás estava se
desenrolando na minha frente. Sem saber como agir, deixei rolar e
pedi a meu anjo de guarda que me guiasse. Continuei andando e,
quando dei por mim eu estava inserido na cena, que era mais ou
menos assim: em uma das áreas de descanso do trajeto, havia um
casal e uma criança, o casal sentado em um dos bancos à beira mar
e um menino sentado em uma cadeira de rodas. Os três
admiravam o mar. Aproximei-me e desejei bom dia; dirigi-me
primeiramente ao garotinho e perguntei se ele gostava domar, sua
mãe prontamente respondeu ser a coisa que ele mais gostava. Eles
Os pés que carregam a alma
Osvaldo E. Hoffmann
u