Página 165 - Olhar Peregrino paginadaOK4

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hegou o grande dia, quantas coisas organizadas, trabalho,
mãe, irmã, cachorros e principalmente lhos. Ah, os lhos, que
diculdade tive de me separar, principalmente de minha caçula.
Paramuitos é fácil, mas paramim, uma separação doída.
Corre, compra bota e amacia, roupas, mochila, tudo feito
com muita ansiedade e alegria. Um mês antes de embarcar,
problemas de saúde impediram-me de continuar minha
preparação, que havia cerca de oitomeses tinha iniciado. Mas com
determinação e orientaçãomédica, resolvi encararmeudesao.
Junho de 2014. Finalmente embarcamos rumo a Santiago.
Tudo novo, outro continente, muita expectativa, muita força dos
lhos para que zéssemos uma grande viagem.
Como chegamos na cidade de León no dia seguinte, ao m
do dia, tínhamos o desejo imenso de conhecer por dentro a
Catedral de SantaMaria, tão famosa por seus encantos, mas estava
fechada.
Comecei minha peregrinação angustiada, mais uma vez o
Caminho estava testando meus objetivos. Objetivos esses que iam
da busca do autoconhecimento ao aspecto religioso. Fui buscando
avaliar toda minha crença, observando o som irrequieto da
Natureza. Sentia meu coração pulsar tão forte, movida pela
emoção de está trilhando aquele Caminho, que, certamente
muitos buscaram, deixando sinais, como objeto, setas, roupas.
Sentia-me uma autêntica peregrina, pois meu pensamento se
conectava com Deus, através de orações. Comecei a observar que
aquelas poucas coisas que eu trazia bastavam-me, fugia de todo o
cotidiano que a que estava acostumada. Era meu, aquele
momento. Comecei a unir meu pensamento comminha realidade
e meu lado espiritual. Às vezes vinha-me uma grande vontade de
C
O Caminho de Santiago de Compostela:
O acaso ou a oportunidade que estava ali imposta
Rosilene Sardá Rabelo