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Olhar Peregrino
Com eu tinha lido o livro "Águas Peregrinas", que
descrevia sobre a localidade de Foncebadón, no terceiro dia,
quando saímos de Astorga, optamos em nos hospedar em um
albergue “muito tenebroso”, dessa localidade. Mônica e Rosilene
foram ver o jantar e deixaram tudo certo, cinco menus do
peregrino e três pratos separados de galinha, pois dos onze, três
não iriam jantar. À noite, na verdade, dia, pois apesar do horário -
vinte horas -, o sol ainda estava alto, fomos jantar. Para a nossa
surpresa, a moça não queria dar oito talheres, mas cinco. Alegava
que não poderia dividir os menus. Foi uma discussão ferrenha
entre o dono do local e os Marimbondos, um verdadeiro
“vespeiro”, até um do grupo dar um grito com o proprietário, que
falou emchamar a polícia. Foi aí que perguntei a ele, como poderia
ter vendido oito pratos e ter servido só cinco talheres?! Com isso, o
dono caiu em si e se desfez toda a confusão. Depois disso, nossos
amigos caram tomando vinho até mais tarde. Eu e Rosilene
fomos para os beliches. Ela estava muito ruim com tudo o que
tinha acontecido e pedia para que eu a trouxesse de volta ao Brasil.
Commuito diálogo, consegui acalmá-la. Mas foi uma noite muito
ruim. Aí conrmei tudo aquilo que li, a energia negativa das
ruínas de Foncebadón.
Acordei às cinco horas e chamei Rosilene. Com nossa
movimentação, o pessoal foi acordando. Ao chegarmos na frente
do albergue, constatamos que estava muito frio. Mas, apesar dos
três graus, o sol que despontava no horizonte, parecia nos
comunicar que tudo o que teria para acontecer de ruim, já tinha
acontecido.
Saímos em direção a Ponferrada, com o sol nascendo ao
nosso lado direito e, no lado esquerdo, as montanhas brancas de
neve. Muito lindo.
Passamos pela Cruz de Ferro, lugar muito poderoso, onde
o sujeito se arrepia, tamanha é a energia que ali se encontra.
Manjarín é outro lugar carregado de energia, pois ali morou o
último Templário. Em seguida, começamos a linda a descida para