Página 25 - Olhar Peregrino paginadaOK4

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inha relação com São Tiago ocorre no nal da década de
70, quando nalizava os créditos de Mestrado em História na
Universidade Federal de Santa Catarina. O gosto despertado por
essa história está relacionada a uma amiga de curso, chamada de
Maria
Regina Boppré, que nos intervalos das aulas dava o jeitinho
de comentar sobre a história do Santo e também sobre a história da
cidade que o acolhe. Aada no conteúdo discorre de forma leve e
cativante sobre o assunto. Nas explicações estava sempre pronta
para responder sobre a questão. No seu jeito de expor desperta
particularmente em mim curiosidades o que me conduziu para
uma série de leituras à época sem pretensão de um dia realizar o
Caminho.
Omeu cenário imaginário é criação andante, dinâmico e se
reverte em encantamento a partir do que enxergamos no outro ou
a partir do outro. As curiosidades permeiam a alma e deslizam
pelo universo desconhecido. Agregam conhecimento e também se
diluem à medida que estamos abertos a novas informações
rmando o que acreditamos.
Anos se passaram e com ele a história armazenada. De vez
em quando o Caminho aparece, porém no meu cotidiano está
longe de ser algo interiorizado e traçado como objetivo a ser
cumprido. Confesso que não existe conexão para um projeto para
executá-lo a curto ou amédio prazo à época.
Somente no início da década de 90, foramquase vinte anos,
voltei a ter contato mais próximo com o Caminho, praticamente
todos os dias. Desta vez, através de uma moça chamada
Maria
Garcês, secretária no meu trabalho, que a todo momento me
“alugava'' para falar das suas leituras. Na verdade não podia me
ver solta e lá vinha ela me falar do Caminho de Santiago. Aliás, era
o seu principal tema. Sua experiência naquele momento era sobre
M
Três Marias no meu Caminho
Ana Lúcia Coutinho