Página 48 - Olhar Peregrino paginadaOK4

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Levei o essencial.
A mochila foi companheira. O cajado foi campeão.
E, importante, a cabeça e a alma, abastecidas.
Convivi com sol, chuva, vento, lama, solidariedade,
espiritualidade, silêncio, dores, pessoas, idiomas, calor, frio,
neblina, vento, paisagens, pedras, arquitetura...
Foram muitos os momentos de estar só, de reexão e de paz.
Foram muitos os momentos de estar com pessoas de alto astral.
Foram muitos os momentos para perceber
o que estava a minha volta.
O Caminho não faz ninguém bonzinho.
E, sim, faz perceber muito mais.
Aumenta a consciência espiritual.
As setas amarelas e as vieiras me guiaram em todo o Caminho.
Em alguns trechos os sinais não estavam claros. Perdia o rumo.
Percebia e voltava à rota. Tudo é caminho.
Com a credencial carimbada, recebi a Compostelana.
Foi a vitória. Foi a conquista. Foi especial!
Uma lição do Caminho: dependemos de nós mesmos.
Temos outros objetivos a alcançar e atividades a realizar.
E, se dependemos de nós mesmos, temos que buscar.
Agradeço a Deus, aos anjos protetores e aos amigos espirituais
toda a força nesta caminhada.
Caminho Aragonês
El Camino engancha
”.
Palavras de um espanhol que encontrei no Caminho.
Quem caminha sabe.
O Caminho não é só caminhar.
É o que se vê, o que se encontra, o que se sente.
E, mais ainda, é o que ca impregnado.
A vontade de caminhar, de olhar e ver, de ver e saber,
Ver, saber e viver é muito forte.
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Olhar Peregrino