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caminhantes. Alegria de encontrar lá nosso grupo do Caminho
Primitivo!
Estando muito perto de chegar a Santiago, a expectativa é
intensa neste décimo primeiro dia de jornada. Caminhamos com
os estudantes portugueses vistos no dia anterior. Pequenas
localidades foram percorridas entre elas: Arzúa, Calle e Santa
Irene. Na chegada a Pedrouzo, após vinte e seis quilômetros,
encontramos o italiano Valentino, sempre alegre e prestativo. No
albergue, pela primeira vez neste caminho dormimos em camas,
não em beliches. Junto com nosso grupo, fomos à missa e após
jantar, já sentindo o gosto amargo da despedida próxima. O
peregrino italiano Maurizio conseguiu apressar sua chegada em
Santiago e, neste mesmo dia, assistiu à missa e ao movimento
pendular do
botafumero
. À noite estaria retornando à Roma, para ir
ao casamento de seumelhor amigo.
A distância de Pedrouzo, também conhecida por Arca, a
Santiago de Compostela é de vinte quilômetros. Saindo com o dia
ainda escuro e procurando os sinais, encontramos a peregrina
valenciana Laura. Ela teve lhos gêmeos e veio agradecer a
Santiago pela saúde deles, pois umdeles teve problemas graves ao
nascer. Caminhamos com ela até Lavacolla e voltamos a nos
encontrar no Monte do Gozo. Chegamos a Santiago ao meio dia e
seguimos para o albergue do Seminário Menor, onde estivemos
quando zemos oCaminho Português.
O ritual de retirada da Compostela e o abraço a Santiago na
Catedral foi cumprido. Encontramos nossos amigos na Catedral
nas orações noturnas da Vigília da Paz, convocada pelo papa
Francisco, devido aos problemas na Síria.
Domingo, de curtir Santiago. Todo o grupo de amigos do
Caminho Primitivo saiu do albergue para assistir à missa do
peregrino na catedral e ver o ritual do
botafumeiro
. Tiramos nossa
foto em frente à Catedral, almoçamos, e nos despedimos com
muita emoção. Anal, foram 334 quilômetros de trajetos
montanhosos, lindos, solitários, silenciosos, bem sinalizados e de
companheirismo.
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Olhar Peregrino