Caminhada em Urubici 26 e 27 de outubro 2019 By José Alves

Caminhada em Urubici 26/27 de outubro

No sábado 26 de outubro de 2019, às seis horas da manhã, mais uma vez, partimos alegremente para mais uma caminhada da ACACSC, desta vez para Urubici, a organização e logística foram do peregrino Guido Luiz Niehues, acompanhado pelas nossas diretoras Mayalu e Isabel, como sempre atentas a tudo.
Chegando ao município, continuamos até a comunidade de São Pedro, onde nos esperava o guia local que nos levou até o ponto de início da caminhada para o Campo dos Padres, este é um pequeno planalto no topo da serra com altura média de 1800m, o nome é devido aos padres jesuítas, que na época da expulsão deles do Império Português pelo Márquez de Pombal ali se refugiaram.
Subindo a forte inclinação até o planalto, me lembrava que já em 2010, havia discutido com nosso grande e saudoso amigo Edgar Fernandez, sobre uma caminhada neste local, mas tínhamos desistido porque nas pousadas próximas não haveria condições de acomodar um número grande de pessoas.
A subida foi forte, mas a temperatura estava agradável, além de que o vento nos refrescava, bem diferente da caminhada com muito calor que havíamos feito na colônia Santa Isabel, de vez em quando uma parada para respirar e apreciar a paisagem; ao chegarmos no alto, a vista das serras era belíssima, à nossa direita podíamos ver também o imponente Cânion do Espraiado.
Como sempre num grupo grande, também neste caso, se formaram vários grupos, conforme o ritmo de caminhada de cada um. Todos puderam apreciar os vales, os paredões de rocha, as araucárias e tantas outras belezas naturais, no total andamos uns 16Km.
Quando todo o grupo se reuniu no ônibus, nos dirigimos até o Hotel Park Urubici, em Urubici, para descansar e nos preparar para a caminhada do dia seguinte.
A programação para o domingo seria a Travessia da Serra do Corvo Branco, mas havia uma preocupação porque a previsão do tempo indicava chuva e fortes ventos depois das onze horas, e isto no alto da serra pode ser problemático; nossos guias informaram que ao chegarmos na serra, poderiam ter maiores condições de avaliar os riscos, e que já tinham pensado em um plano B, caso fosse necessário.
O guia também explicou o nome Urubici, que seria uma palavra do Tupi-guarani e significaria: “Terra mãe das nascentes cristalinas de agua gelada”.
Quando o ônibus chegou na comunidade São Pedro, nos transferimos para camionetes que nos levaram até o alto da estrada da Serra do Corvo Branco, onde seria o início da caminhada, ali subimos cerca de 1 km até os mirantes onde pudemos ver as belezas da Serra, visitamos cerca de três destes, pudemos ver ao longe a famosa “pirâmide”, uma formação rochosa muito interessante e com linhas tão retas que parece uma construção como as do Egito.
Como o tempo estava instável no alto do morro, com muito vento e neblina, os guias acharam melhor partir para o plano B, que seria descer o morro e andar até avistar a Pedra da Águia, formação de arenito cujo contorno se assemelha ao desenho de uma águia com asas abertas, uma atração local com muito simbolismo.
Esta trilha é curta, percorre a margem esquerda do rio Canoas, oferecendo uma paisagem idílica; ao chegarmos no final da trilha e vendo a Pedra da Águia, um dos guias nos brindou com diversas histórias sobre a mesma, ótimas para quem é esotérico, eu fiquei um pouco cético, não enxergava a maior parte dos símbolos que ele indicava.
Logo depois retornamos de ônibus ao centro da comunidade de São Pedro, onde nos aguardava o almoço preparado pelo pessoal local, tudo estava muito saboroso, e no retorno para Florianópolis, pudemos dar uma boa soneca.
Att

José Alves