Caminho da Ilha

Um pouco de História

A atividade humana na Ilha de Santa Catarina – a maior de um arquipélago de 30 ilhas – remonta a cinco mil anos. Já foi denominada Meimbipe, Ijurerê-Mirim e Ilha dos Patos. O nome atual foi dado pelo navegador Sebastião Caboto.

No ano de 1673, o bandeirante Francisco Dias Velho fundou na ilha o povoado de Nossa Senhora do Desterro. Para manter sua posse, os portugueses nela construíram fortalezas e a povoaram com colonos vindos das Ilhas dos Açores, distribuídos estrategicamente em diferentes freguesias (vilas). Em 1823, a já cidade de Nossa Senhora do Desterro tornou-se capital da Província de Santa Catarina. Em 1894, seu nome passou a ser Florianópolis, uma homenagem ao então presidente Floriano Peixoto.

Por suas belezas naturais, Florianópolis é visitada por centenas de milhares de turistas em busca de lazer, seja nas praias ou em badaladas festas, entre as melhores do país. Muitas famílias e empresas nela vem estabelecer-se em busca de melhor qualidade de vida, pois sua modernidade convive harmoniosamente com a placidez das comunidades de seu interior.

O Caminho da Ilha

O Caminho da Ilha foi criado pela Associação Catarinense dos Amigos do Caminho de Santiago – ACACSC –, em 2006, na sequência de trilhas, praias e costões que compõem o contorno da Ilha de Santa Catarina. São 188 quilômetros de percurso, com trechos muitas vezes difíceis, devido a variações do relevo bastante acentuadas.

As caminhadas iniciam com a formação de dois grupos que partem da Praça XV de Novembro – a Praça de Figueira -, no centro de Florianópolis. Enquanto um grupo toma o rumo norte, tendo o primeiro pernoite no Balneário Daniela, o outro segue o rumo sul, pernoitando no Ribeirão da Ilha.

Por medida de segurança, cada grupo é levado por dois guias experientes associados da ACACSC. Os dois grupos – vindos de direções opostas – acabam por encontrar-se na tarde do quarto dia na pousada em que farão o pernoite e, novamente, ao final do percurso para um almoço de confraternização, celebração e despedidas.

Trata-se de uma vivência prática do dia-a-dia peregrino: mochila às costas, caminhar o percurso convivendo com pessoas que ainda não conhece, auxiliar e ser auxiliado, deixar-se envolver pela beleza da Ilha-Capital e das ilhas em seu redor, degustar a gastronomia local, conhecer a cultura do Manezinho da Ilha, suportar o cansaço e a dor eventual, trocar ideias e buscar informações úteis à peregrinação e, enfim, celebrar a chegada ao albergue ou pousada para o merecido descanso.

São ao todo oito dias de caminhada e sete pernoites

Nas palavras de um dos participantes: “Fazer o Caminho da Ilha é estar o tempo todo conectado em sintonia com a natureza. De um lado o mar, com a sua tonalidade ora verde, ora azul. Do outro, a mata, com sua exuberância em espécimes que nos causam tanta admiração. E os pássaros? Impossível não os admirar, com seus cantos que acariciam nossos ouvidos”. (…) “passamos por diversas comunidades, lugarejos, vilas, cada uma com suas peculiaridades e seu povo acolhedor. A ilha é mística, folclórica, cheia de estórias que os moradores gostam de contar para quem de ouvidos atentos ficar”.