Caminhada Doutor Pedrinho


12 a 14 de abril de 2013

Era véspera, e não era. Assim. Era véspera da caminhada, mas era a data marcada para início das atividades.

Florianópolis fervilhava num trânsito caótico de final de expediente de uma sexta-feira molhada. Contrariando o sentido de todos que saíam do trabalho, os peregrinos se dirigiam ao centro da cidade para tomar o ônibus que os tiraria dali. A experiência de vezes anteriores fez com que todos se antecipassem de forma a não haver atrasos. E não houve.

Às 18h30min., ou até um pouquinho antes, o ônibus partiu para o engarrafamento da travessia da ponte, e da via expressa (expressa?) e, ainda, da BR-101. Só lá para Biguaçu destrancou tudo.

Aí o ônibus já havia parado para a subida da Zezé, da Clarice e do Maurício no Shopping e depois veio a parar em Bombinhas para a Solange e a Margareth.

Já tarde, para preocupação dos organizadores, chegamos no Parque Vila Germânica, em Blumenau, onde nos encontraríamos com os peregrinos de Blumenau (Ecilda, Jakeline, Adelaide, Daia, Tânia e Graciano, Cida e Beto, Elisabete e Paulo) e jantaríamos.

Uma última parada para a subida de Isabel em Timbó e seguimos para a pousada em Doutor Pedrinho. Tendo em vista que o ônibus era muito grande, caminhamos os últimos metros, na subida do morro da pousada carregando nossas bagagens. Um chazinho e cama. No quarto sobre a cama nos aguardava um mimo das Feiticeiras da ACACSC (organizadoras deste evento): um bolinho com um adesivo contendo mensagem de carinho.

No sábado acordamos para o café da manhã ainda com ameaça de chuva e depois fomos de ônibus até o local de início da caminhada que terminaria na própria pousada, permitindo que cada um fizesse, sem preocupação o seu ritmo.

Quando descemos do ônibus o céu já mostrava que não choveria e por estrada rurais, margeando propriedades muito bem cuidadas, rios e estradas sombreadas percorremos os 22 quilômetros até a pousada num dos trechos do Caminho do Vale Europeu.

Muita conversa rolou. Os tinham vindo de viagens contavam suas experiências e os que estão com viagem programada falavam de suas expectativas e buscavam orientação.

Aos poucos fomos chegando na pousada onde fomos recebidos com uma mesa de café, chá, biscoitos e bolos.

Carlota, Graciano, Beto e mais alguns caminhantes, pararam num bar para saciar a sede e fizeram uma cantoria geral que emocionou até a proprietária do estabelecimento que se dividia entre emoções e espanto com uma turma tão festiva. Infelizmente eu estava no grupo que perdeu essa festa.

Jantamos comida colonial e depois iniciamos uma cantoria no restaurante da pousada. Derrubados pelo cansaço os peregrinos foram se recolhendo aos seus quartos e restou um pequeno grupo de cantantes que percorreu os corredores fazendo uma serenata antes de ir dormir.

O domingo percebeu a alegria do povo e já acordou claro, azul, alegre.

Desta vez, o ônibus nos levou a outro ponto do qual sairíamos caminhando com destino ao restaurante onde almoçaríamos, em Rodeio/SC.

A paisagem novamente impecável de estradas rurais e natureza viva, exuberante.

Enquanto caminhávamos uma borboleta chegou a pousar no Beto e com ele seguiu por um bom trecho. Não sei se aguardava o stop pinga.

Foi um dia muito agradável e a companhia dos amigos ajuda a encurtar as distâncias e afastar o cansaço.

Fizemos uma pausa na estátua de Cristo que é rodeada por anjos para o lanche.

Percorremos 20 quilômetros no domingo.

Almoçamos uma deliciosa comida italiana e embarcamos no ônibus para o retorno.

Por: Maurício Berka


Fotos de Maurício Berka:


Fotos de Jakeline Gules:

Detalhes do Evento