Redescobrindo a Ilha da Magia

O associado e escritor Jairo Ferreira Machado encaminhou artigo sobre esta caminhada:

É o céu, o lugar onde moramos.

Jairo Ferreira Machado

Dezesseis pessoas deslumbravam-se com o mar afortunado da natureza, verdolenga, frente ao mar de águas verdes-azuis e rochas, ontem, indo ao rumo da Lagoinha do Leste – da praia da Armação à praia do Pântano do sul – o dia ia contribuindo com sua mansidão solar, que se fôssemos pensar estarmos numa ilha – ainda que fosse a Ilha da Magia – o epíteto, por si mesmo, era pouco, diante do que nossos olhos viam e banhavam nossas almas-peregrinas já acostumadas aos fenômenos da natureza; cada um dentro de si, agradecendo ao seu modo, àquele momento, a satisfação de estar ali, os cinco ou mais sentidos revitalizados de toda aquela perfeição divina, já dita e cantada pelo nosso poeta Zininho: um pedacinho de terra, perdido no mar, belezas sem par. Pelo tanto que se viu, ouviu, inalou, degustou, e se tocou, e se brincou, naquelas poucas horas, a vida de cada um de nós se fez maior, e se sabe agora, a ilha, a palavra ilha, não se resume a um pedaço de terra, é algo imensurável, que ultrapassa os seus limites terrenos: muitas vezes mais que terra, mais que mar, mais que natureza.

É o céu, o lugar onde moramos.

Abaixo o relato de Ana Zen

Sábado, 12 de maio, após uma noite de sexta-feira não muito promissora, amanheceu um lindo dia.

Acordamos cedo e nos dirigimos ao Ticen para pegar um ônibus até o Tirio, para chegarmos a Praia da Armação. O que faz uma pessoa percorrer uma maratona destas, no sábado de manhã cedo, só quem é apaixonado por trilhas e por caminhar em companhia de amigos, consegue entender.

Eu, Rudi e Vanisi, encontramos já no Ticen, André, Zelinha e Meire que vinham de mais longe que nós, rumamos para a Praia da Armação, em frente a igrejinha, para lá nos reunirmos aos outros peregrinos e cumprir mais uma etapa da proposta Redescobrindo a Ilha da Magia, do capitão de trilhas Fernando Higa.

Chegamos muito cedo, 07.30 horas. O mar estava lindo, os pescadores já estavam a postos e enquanto aguardávamos a chegada do grupo batemos várias fotografias e tomamos café.

Aos poucos foram chegando o Fernando e a Graça, o Ivo Mohr, Ademar Cassol, Elizete, Clarice e Maurício, Jairo e um casal novato, Paulo e Justina.

Após esperar até o horário combinado, o grupo de 16 peregrinos rumou até a Praia do Matadeiro pela linda trilha calçada. Na beira da praia fizemos apresentação, alongamento e a tradicional oração.

O roteiro deste sábado foi Armação, Matadeiro, Lagoinha do Leste e Pântano do Sul.

Entre conversas animadas, paradas para fotografia, seguimos pelos deslumbrantes costões, admirando a paisagem, a cor azul do mar. O dia ensolarado proporcionava uma visão magnífica dos costões, praias e da vegetação da mata Atlântica.

Sábado passado, quando realizamos a trilha da Fortaleza da Barra até a Costa da Lagoa, comentamos que era a trilha mais linda da ilha. Mas hoje, percorrendo esta outra trilha, podemos dizer que esta Ilha da Magia, para cada canto que se vá, sempre guarda uma visão deslumbrante e trilhas convidativas e com certeza hoje já não saberia dizer qual a mais bela.

Próximo do meio dia, chegamos a paradisíaca Lagoinha do Leste, com certeza o recanto mais lindo do sul da ilha. Resguardada entre os morros, a Lagoinha oferece uma visão muito linda aos que chegam, seja do Matadeiro, ou do Pântano do Sul.

Parada para descanso, lanche e começamos a subida do morro, que desta vez pareceu-me mais longa e árdua.

Não sei se o cansaço, a fome ou a certeza de que nos esperava no Pântano uma saborosa anchova na grelha e um delicioso cação, rapidamente vencemos a trilha e nos reunimos no restaurante Mandala para comemorar, combinar outras trilhas e encerrar mais uma caminhada, mais um sucesso da proposta Redescobrindo a Ilha da Magia.

Obrigada ao Cap. de Trilha Fernando e a todos que compartilharam conosco deste aprazível sábado, véspera de dia das mães.

Até uma próxima e breve aventura.