Sertão do Ribeirão – Pântano do Sul

20 de abril de 2013

Era cedo ainda, quando o ônibus deixava alguns de nós na parada 116 da Baldicero Filomeno. Ar fresco da manhã de 20 de abril; paisagem perfeita na Costeira do Ribeirão; parecia que tudo silenciava para celebrar divinas obras: águas do mar, montanhas, verdes ramagens e as livres aves, tudo numa só harmonia.

Logo foram chegando os demais, até que nos tornamos um grupo de 27 peregrinos, cujo olhar brilhante antecipava o dia maravilhoso que teríamos. Ali estavam caminhantes experimentados, outros nem tanto e outros estreantes; mas todos tão dispostos quanto demonstravam estar os sete amigos de Balneário Camboriú.

Soou o apito do sempre competente Capitão Fernando, e todos tomamos o mesmo rumo, morro acima, testando já na largada a nossa resistência.

Primeira pequena parada, mãos dadas para uma prece, ouvidos atentos para os comandos do alongamento muito bem conduzido pela Maria Cirlene.

Subimos, subimos e fomos experimentando a delícia de pisar na terra da Estrada do Sertão, rodeados pelo verde, que respondendo ao calor do sol, perfumava a manhã com um aroma doce e selvagem.

Chegou o momento de descanso; na sombra das árvores e junto do riacho, foram trocadas conversas e degustados nossos lanches. Alguns, não resistindo ao convite das águas (estavam bem frias), foram tirando botas e meias.

Revitalizados, pegamos novamente a estrada; e de repente, a nossa esquerda, mostrava-se o mar, ao longe. Outro vislumbre perfeito.
Que ilha mágica, essa Ilha de Santa Catarina.

Adiante, passamos pelo Alambique do Zeca, e alguns de nós não se furtaram ao prazer de degustar a cachaça artesanal.

Já havia algumas horas de caminhada, quando nos deparamos com a singela Capela da Santa Cruz e de Nossa Senhora de Fátima que, de porta aberta, mostrava-se um convite para um momento de oração, enquanto a moradora da localidade varria a entrada com todo capricho.

Passávamos pela Costa de Dentro, quando o primeiro de alguns atletas participantes da Volta à Ilha cruzava por nós, aplaudido.

E agora deixávamos o chão de terra e pisávamos nas areias quentes da Solidão e do Pântano do Sul, ladeados pelas águas verdes e azuladas de um mar todo bordado por brancas ondas. Estávamos todos, muito mais que suados e cansados, agradecidos. E mais ficaríamos, ao saborearmos o bom almoço, todos juntos.

Por fim, chegava a hora do abraço de despedida, de tomar o ônibus de volta ao TIRIO e retornarmos para casa, testemunhas de mais um dia em que a Vida conspirou a nosso favor.

Por: Elizete Ana Chissini de Castro


Fotos de Elizete Ana Chissini de Castro:


Fotos de Arlete de Souza:


Fotos de Eusa Maciel:

Detalhes do Evento