Página 145 - Olhar Peregrino paginadaOK4

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“Eu não, mas duas das minhas cunhadas já o zeram e eu
tenho umcunhado que já fez várias caminhadas pela Europa.”
“Que bom! Eu adoraria pegar informações com algum
deles, mas ca difícil assimsemconhecê-los!”
“Não por isso, eu ligo já para Cida quemora emBlumenau.
Se vocês tiveremum tempinho, vão à casa dela e ela vai mostrar as
fotos da viageme explicar como preparar amochila.”
E foi assim que Bianca nos aproximou da Cida e do Beto.
Visitá-los emBlumenau nos ajudou a tirar muitas dúvidas e foram
eles que nos sugeriramfazer parte daACACSC.
Cida nos perguntou:
“Vocês já têma credencial do peregrino?”
“Não, como fazemos para consegui-la?”
“Fácil, vocês vão à loja do Capitão Malagueta em
Florianópolis e dizem que são amigos da Maya - uma sócia bem
conhecida da ACACSC - e que vocês vêm de Barra Velha. Eles
devemacelerar o processo das carteirinhas.”
Quando conhecemos a Maya, no Carnaval de 2014, na
Fazenda do Barreiro, ela não sabia que já éramos “amigos” dela
desde 2013.
Voltando a nossa aventura, que deu início em Braga, com
mochilas nas costas e outra pequena na frente, na qual
guardávamos as comidas da viagem. Rosinha nos preparou como
esmero de “mãe-fazendo-lancheira-para-os-lhos-no-primeiro-
dia-de- escola”: ovos cozidos, bolinhos de bacalhau, balas,
bolachas, chocolates e algumas frutas que duraramvários dias).
Sempre gostamos muito de lanches ao ar livre. Lá, camos
rodeados pela natureza, numa sombra oferecida pela copiosa
folhagem de uma árvore e por vezes sentados numa pedra, vendo
o s pe r eg r i no s pa s s a r em. Ten t ávamo s ad i v i nha r a s
nacionalidades, e eu, particularmente adorava escutar o clássico
cumprimento de Portugal: “Bom Caminho!” ou o da Espanha
¡BuenCamino!
”.
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Mila Schreiber