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Sérgio Murilo Rabelo
Molinaseca. Um caminho carregado de pedras soltas, mas com
uma vistamaravilhosa.
A subida do Cebreiro, muito falada no Caminho como a
pior subida. Para minha alegria, uma subida tranquila, com uma
vista linda.
Alto do Poio. Este lugar, não sei por quê, mas toda vez que
falamos do Caminho, lá vem a lembrança do Alto do Poio, um
lugar que não tem quase nada, senão os dois albergues, o de Santa
Maria, onde camos, e o Posada del Peregrino, do outro lado da
rodovia. Temalgo lá que ainda voudescobrir o que é.
Após mais de seis dias, chegamos a Santiago de
Compostela. Linda a Catedral, com peregrinos de todo o mundo,
toda a aquela movimentação. Não tem como não se emocionar.
Não temmarmanjo que não chore.
Ficamos muito tristes quando fomos à Catedral e não nos
deixaramentrar comasmochilas.
Segundo relatos de sócios da ACACSC, nunca um grupo
fez o Caminho e chegou com todos juntos. Apesar das diferenças e
os contratempos iniciais, cada um respeitou o caminho do outro.
Alguns mais lentos, outros com os passos mais largos, mas nas
paradas estávamos todos juntos novamente, fazendo lanche,
tomando uma
caña
, pois ninguém é de ferro. Uma experiência
única, que valeu e vale a pena. Bom, tanto vale a pena que estoume
preparando para fazer o Caminho novamente, mas, desta vez,
desde Saint Jean-Pied-de-Port.