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No primeiro dia de caminhada partimos da catedral,
seguindo a sinalização das conchas de bronze no chão, em
companhia do italianoMaurizio, que fazia seu primeiro Caminho.
Após sair da zona urbana, o Caminho cou bonito, passando pela
ponte medieval de Galegos, depois Escamplero, Promoño,
Peñaor e Grados. Em Grados não havia albergue e optamos por
seguir até o albergue de Cabruñana, cinco quilômetros adiante.
Dia difícil devido à alta quilometragem, quase trinta e cinco
quilômetros, emuito calor!
No segundo dia de jornada, alcançamos a rotatória da
Rodriga para retomar o Caminho Primitivo original, pois saímos
dele para dormir no albergue. Alcançamos Cornellana, passamos
por Lhamas, Casazorrina e Salas. Salas é uma vila medieval com
um interessante centro histórico, com destaque para a capela do
hospital de San Roque, onde os peregrinos paravam no passado.
Chegando a Bodenaya, em frente de umalbergue, umhospitaleiro
nos ofereceu pousada por contribuição espontânea, mas como
planejado, seguimos até La Espina, onde pernoitamos. No dia
seguinte, outros peregrinos que pernoitaram em Bodenaya
falaram que era excelente, devido à atenção do hospitaleiro
Alejandro, que nos havia abordado. O percurso do dia foi de vinte
e oito quilômetros, tendo como ponto negativo obras na
autoestrada.
No terceiro dia, de La Espina, prosseguimos até El
Pedregal e após, Tineo, onde encontramos umgrupo de espanhóis
e o venezuelano José. Seguimos juntos - nós e eles - por um belo
caminho de montanha, commuito gado e torres de energia eólica.
O alegre italiano, que se intitulava Valentino del Camino, estava à
beira do caminho fazendo um lanche e seguiu com o grupo.
Passamos por Vi l laluz e chegamos a Campiel lo, onde
pernoitamos, após percorrer 26,8 quilômetros.
A expectativa era muito grande para o quarto dia, o
caminho nas montanhas, diziam, era o mais lindo percurso. Após
a névoa dissipar-se, a beleza do nascer do sol maravilhou a todos
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Olhar Peregrino