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Em 23 de junho de 2012 iniciamos a nossa jornada, saindo
defronte à Sé Catedral no Porto, animadas e conantes, com
nossas mochilas propositadamente pesando cinco quilos,
aproximadamente, somente com ítens essenciais para a jornada e
que se constatou ser o suciente: não nos faltou nada. Muitas
coisas foram compartilhadas entre nós, aliviando assim peso
extra.
Nossa primeira parada foi em Vilarinho, onde fomos
recebidas pelo Sr. Amadeo - indicação do casal amigo Cenoer e
Lucimar -, que gentilmente nos levou à Vila do Conde, à noite,
para apreciarmos os festejos de São João que acontecem na noite
de 23 de junho emPortugal.
No trajeto para Barcelos, uma parada no restaurante Pedra
Furada, do simpático Antônio - uma dica da amiga Ecilda -, que
nos ofereceu seu apartamento para carmos à noite, fato que
anunciou a boa vontade que encontraríamos ao longo do
Caminho.
Da agradável Barcelos fomos em direção à Ponte de Lima,
nosso dia mais difícil. Porém, no meio do dia, conhecemos a casa
da Fernanda e o do Jacinto, pessoas de coração aberto que recebem
peregrinos de um modo muito agradável. O cansaço nos
dominou, mas ainda conseguimos apreciar uma das cidades mais
bonitas doCaminho.
Ao seguir para Rubiães, nos deparamos com muitas
pedras e um pequeno bosque. Chegando lá, começaria nossa
amizade com outros peregrinos, que conosco seguiram até
Santiago, amizade esta que perdura até hoje.
No dia seguinte, mudamos os planos iniciais. Como é bom
isso! Percorremos por dentro de Valença do Minho, última cidade
do lado português e fomos até Tuí, já na Espanha, atravessando a
fronteira pela ponte de ferro. Muita emoção, um sentimento de
que nosso caminho avançavamuito bem.
Chegando em Tuí, nos acomodamos no albergue onde,
inconformadas com o horário de fechamento às 22 horas, vimos o
sol se pôr da janela, devido ao horário de verão europeu.
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Olhar Peregrino