Caminhada Zimbros, Mariscal e Bombas

Sábado, 19 de maio de 2012

Terminal de ônibus Cidade de Florianópolis, seis horas. Aos poucos iam surgindo em meio a chuva fina, peregrinos da ACACSC, com mochilas e cajados. Eu os esperava meio que arreliados devido a garoa, mas não! Todos chegavam alegres e descontraídos, até mais do que sempre.

Embarcamos então, para nossa caminhada em Tijucas, Bombinhas, Zimbros, Bombas, Mariscal e Canto Grande.

Deixei que o pensamento dançasse na chuva e então entendi que ela, a chuva, é um ato de amor da natureza, que irá engravidar a terra que vai gerar todas as formas de vida que conhecemos. A água é realmente o condutor da seiva que faz germinar a semente pequenina que espera por nascer, vai dar vida as cores, as plantas e as flores que perfumam sem cobrar. E o peregrino de forma consciente ou inconsciente sabe perfeitamente o significado das chuvas e não se importa com elas.

Café da manhã na padaria “Pão Quente” em Tijucas e o encontro com as organizadoras da caminhada, Jakeline, Ecilda, Jaci e Adelaide que com esmero e precisão até nos mínimos detalhes nos receberam com alegria. A guia Jaci comandava com seu apito o alongamento conduzido pela professora de yoga, Daia. A distribuição de deliciosos docinhos preparados por mãos hábeis e carinhosas, conduzidos até nós em tacho de alquimia.

A caminhada pela Trilha da Costeira de Zimbros, por entre plantas nativas de mata Atlântica, com lindas paisagens que se deixavam entrever pelas janelas que a mata mantinha abertas para nós. A garoa fazendo sua função, o sol P. da vida, atrás das nuvens só raramente podia se mostrar. O barro! Ah que delícia! Graciosas patinadas e escorregões, botas e calças enlameadas, pedidos de socorro, e quarenta e oito crianças se deliciando com aquela festa. Mais praias, cachoeira, algumas paradas para retomar o fôlego, até que o que era doce acabou-se.

Chegamos ao Restaurante Berro D’Água para o almoço as 14h30m, quando o Jota perguntou qual seria o cardápio e a resposta foi ”o que há de ‘milhor’ ” e realmente foi.

Seguimos para o Hotel Marlin, alguns a pé, outros de ônibus e as organizadoras, que se denominaram ”feiticeiras”creio que voando em suas vassouras, porque sempre estavam em toda a parte e ao mesmo tempo.

Boas acomodações no hotel, cordialidade e gentilezas. Jantar no restaurante Empórios das Carnes, preparado pela alegre e gentil Maira. O “kara o que” do Beto e a revelação do grande cantor Graciano, os dois estiveram além das expectativas.

Domingo – Em meio a muitas saudações de bom dia, um café para nenhum marajá colocar defeito, Trilha das Tainhas. Linda! Mais que linda! O Mirante 360º nos permitiu uma visão da melhor e mais bonita paisagem já vista. Bar com pastéis quentinhos e os devidos soros vegetais engarrafados e a vista da longínqua e bela natureza nos prendia por lá por mais tempo do que podíamos.

Chegada ao Restaurante Bardolino, às 14 horas, muito bom almoço a base de anchova, robalo e cação, comemorações dos aniversários da Jake, atrasado, e da Maria Zilda adiantado, mas não podíamos perder a chance. Confraternização final, despedidas. Porém a poucos kms, sem prévio aviso mais uma parada de confraternização na Confeitaria da Vovó para deliciarmos nosso paladar com uma gostosa “mil Folhas” e novamente nos despedirmos entre brincadeiras das alegres crianças.

Que saudades e até a próxima.

Rudi Zen

Uma revelação

Ao agradecer aos organizadores desta caminhada percebemos um novo brilho em seu olhar e entendemos que este brilho é próprio daqueles que através de um ato de sua iniciativa causam felicidades a todos. Aí está o espírito peregrino de participação, colaboração, humildade e tolerância.

Susséia e ultréya!


Trajetos do dia 19 – Sábado:

Trajeto do dia 20 – Domingo:


Fotos de Catarina Rüdiger:


Fotos de Jakeline Gules:


Fotos de Aristeu Bertoli:


Fotos de Maurício e Clarice Berka:

Detalhes do Evento